sábado, 12 de setembro de 2009

dia mundial sem carros


No dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro. Na Europa, a semana toda é recheada de atividades, no que chamam de Semana Européia da Mobilidade (16 a 22 de setembro).
O objetivo principal do Dia Mundial Sem Carro é estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A idéia é que essas pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel e que há vida além do para-brisa.
Mas qual o problema em andar de carro?
Andar de carro por si só não parece um grande problema. Para entender melhor o real cenário, é preciso afastar-se da visão individual e analisar todo o conjunto.
Ao longo do último século, nossas cidades foram adaptadas para atender prioritariamente ao carro, não às pessoas que nelas vivem. Investiu-se muito mais no uso individual do automóvel do que em soluções de transporte de massa. À medida que as cidades e o país cresciam, deu-se ênfase em possibilitar a venda massificada de automóveis (com incentivos contínuos às montadoras) e à criação de infraestrutura para que esses carros rodassem (enriquecendo empreiteiras e outras empresas).
Com isso, cada cidadão que resolvesse por si só seu problema individual de mobilidade, de forma que o carro se tornava cada vez mais sinônimo de “liberdade de ir e vir”. Na verdade, o carro não é sinônimo de liberdade de deslocamento: é a alternativa que restou. Para mover “massas” de pessoas, deveria haver mais opções de transporte “de massa”.
As ferrovias foram desmanteladas ao longo do século e as hidrovias não saíram do papel. As rodovias se espalharam por todo país, até no coração da floresta amazônica, levando o desmatamento e a poluição no porta-malas. Mesmo os investimentos em transporte coletivo sobre rodas foram sempre muito menores que os investimentos diretos ou indiretos no modelo de mobilidade individual e particular. As ruas, avenidas, pontes e túneis, supostamente criados para atender à demanda, foram agindo como estimuladores dessa demanda, criando um círculo difícil de quebrar: cada vez mais carros ocupando a estrutura criada e pedindo sempre mais, exponencialmente.
As cidades deixaram de ter caminhos por onde as pessoas e os rios passavam para ter caminhos para se “chegar rápido de carro”. Atravessar as ruas sem uma armadura de uma tonelada se tornou, cada vez mais, uma aventura perigosa. As cidades deixaram de ser das pessoas e passaram a ser dos carros.
O mau uso do automóvel
O carro é uma invenção maravilhosa. Com um veículo a motor, você pode carregar centenas (milhares?) de vezes o que conseguiria carregar com as mãos. Pode levar pessoas enfermas até um hospital, suprir deficiências de mobilidade e transpor distâncias enormes.
O problema começa a se mostrar quando você percebe que a quase totalidade dos motoristas nas cidades são pessoas sem nenhuma restrição de mobilidade, que estão carregando apenas uma blusa ou um caderno, não estão sendo levadas a hospital algum e estão fazendo um trajeto que muitas vezes não chega nem a 10 km.
Todos saindo com seus carros no mesmo horário causam o efeito mais visível da mobilidade baseada no automóvel: o congestionamento. Os demais efeitos são cada mais difíceis de perceber, alguns até impossíveis de mensurar com exatidão: mortes e sequelas de vítimas de acidentes, stress, isolamento e frustração, agressividade e violência, doenças cardiovasculares e respiratórias, menor tempo para convívio com a família, poluição do ar e das águas, consumo exagerado de recursos naturais, impermeabilização do solo e aumento da temperatura das cidades, diminuição do espaço para convívio entre as pessoas, mudanças na sociedade e degradação nas relações entre as pessoas, prestígio e autoestima atreladas ao automóvel e outras mais (saiba mais aqui).
Nossa! Então tá! Mas o que eu posso fazer?
O dia 22 de setembro será uma oportunidade para que as pessoas experimentem vivenciar a cidade de outra forma. Transporte público, bicicleta e mesmo a caminhada são alternativas saudáveis e cidadãs, que contribuem com o meio ambiente, com a sua saúde e até com a locomoção daqueles que realmente necessitam utilizar o carro, sobretudo em situações especiais de mobilidade (melhor idade, gestantes, transporte de crianças pequenas, portadores de necessidades especiais, etc.). Até a carona solidária, combinada com um colega de escritório que more perto da sua casa, já ajuda.
Se você utiliza o carro no dia a dia, faça um desafio a si mesmo no próximo 22 de setembro e descubra se você é capaz de passar pelo menos um único dia no ano sem seu carro. A cidade, o planeta agradece

independencia?


APOCALIPSE MOTORIZADO

A cada três minutos acontece um acidente envolvendo carros .Vinte mil pessoas são mortas, por ano, vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, mas números não oficiais apontam quase o dobro. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mais de um milhão de pessoas estão envolvidas direta ou indiretamente nestes acidentes!As ruas, avenidas e viadutos avançam devastando bairros e expropriando o espaço público da comunidade pelo espaço privado do automóvel.
O petróleo polui e altera as condições climáticas das cidades cada vez mais congestionadas...Guerras são declaradas e milhões são massacrados pelo controle das fontes de combustíveis como podemos ver claramente hoje no Iraque.

Contudo, até então nenhuma reflexão contundente sobre o papel desumano dos automóveis havia obtido seu devido espaço no Brasil, nenhuma crítica radical contra essas máquinas moedoras de carne humana.Mais um acidente de trânsito acabou de acontecer
.Para baixa-lo basta acessar o link abaixo, que é do CMI-Brasil.http://brasil.indymedia.org/media/2008/04//417244.pdf

AMEM AUTOMOVEL

Da praça fez-se a rua. Da calçada, o estacionamento. Louvemos ao Deus Carro pela desgraça alcançada.O espaço público é nosso altar cotidiano de sacrifícios. Oferecemos quatro vidas por dia em colisões e atropelamentos. Outras oito são entregues através de doenças respiratórias, problemas no coração, câncer e outros tipos de mortes lentas.
Também oferecemos o sacrifício diário dos que seguem vivos: penitentes castigados com muitas horas de trânsito, baixa qualidade de vida, péssimo acesso à cidade e ao espaço público.
Castigamos os infiéis (ou inferiores) com a degradação brutal do transporte público, com as calçadas-minadas, esburacadas, inexistentes ou ocupadas por nossas máquinas sagradas. Castigamos os rebeldes privando-lhes de ciclovias, ciclofaixas, semáforos de pedestres, respeito e transporte público durante a noite.
Oferecemos nossas riquezas para tratar feridos e enterrar os mortos. Gastamos o dinheiro de todos para beneficiar alguns: recapeamos e asfaltamos ruas, construímos viadutos, pontes e avenidas.
O Deus Carro é guloso por espaço; estimula luxúria, vaidade, avareza e orgulho através dos estímulos de consumo instantaneamente renovados pela máquina da propaganda; gera preguiça e ira em quem dirige e transforma toda a cidade em um verdadeiro inferno para vender o único Céu possível: o Sagrado Coração de metal, plástico e vidro.
Tanto no Céu, quanto na Terra. Poluímos o ar e derretemos o planeta. Destruimos bairros e comunidades inteiras para acomodar o fluxo e o estacionamento de um número cada vez mais insano de veículos. A cidade espalhada, segregada e agressiva é o território fértil para a manutenção da nossa fé. Acreditamos no medo, evitamos a convivência, odiamos aquele que se coloca à nossa frente como obstáculo para a velocidade vendida no comercial de tevê.
O Deus Carro e sua parceira Especulação espalharam a cidade, criaram imensos vazios urbanos, condomínios fechados e shoppings centers, tudo com amplo estacionamento ou manobrista no local. A rua é de ninguém, espaço poluído e abandonado que serve apenas para circularmos com nossa fé sobre quatro rodas. Amém, automóvel!
Texto de autoria desconhecida que circulou pela lista da CONEEG-BRASIL (Confederaçao Nacional de Entidades Estudantis de Geografia do Brasil).
DIA MUNDIAL SEM CARROS
DIA 22 DE SEMBRO
Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso massivo de automóveis a mobilização é um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso (muitas vezes) irracional dos automóveis em nossa sociedade. Idéia principal dia é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica, efeito estufa, poluição sonora, congestionamentos, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, e perda tempo.
Por isso:
Dia 22 de setembro ás19:oo (TERÇA-FEIRA)
NA PRAÇA DANTEVamos pedalar para provocar mudanças.....

DIA MUNDIAL SEM CARROS